Publicado em:
09/11/2022
Black Friday: 4 dicas para que consumidores e lojistas se protejam contra fraudes
A Black Friday é uma das datas mais importantes para o calendário do comércio varejista. A data sazonal é tradicionalmente relacionada às vendas pela internet nos Estados Unidos, mas no Brasil essa característica ganhou força com a pandemia. Segundo a Neotrust, no ano passado a Black Friday 2021 teve um faturamento de R$ 5,4 bilhões no digital, o que representa um crescimento de 5,8% na comparação com o ano anterior.
Neste ano, período pós-pandêmico, o e-commerce já sofreu algumas baixas no comparativo ao período anterior, mas as expectativas ainda são boas. Segundo pesquisa realizada pela Conversion, 43% dos consumidores entrevistados vão optar pelas compras de Black Friday em sites, seguido por 30% que preferem comprar por aplicativos.
Seja qual for o meio de compra, a pesquisa revela ainda um outro dado muito relevante para o setor: 75% dos entrevistados disseram ter medo de fraudes. Afinal, com o aumento da demanda pelas compras online, no ano passado houve um salto de 131,54% nas tentativas de fraudes em compras online, em relação ao mesmo período em 2020, de acordo com o estudo da ClearSale.
Fraudes na Black Friday
Na Black Friday, as fraudes estão muito relacionadas à má fé do vendedor, envolvendo situações como mudança de valor no carrinho de compras, frete mais caro do que o produto, prazo de entrega abusivo ou até mesmo descontos falsos. Mas, para além dessas situações, existem casos diretamente relacionados à tecnologia, quando os golpistas aproveitam o maior volume de transações em lojas virtuais para se camuflarem entre os compradores.
Além de gerarem prejuízos financeiros ao consumidor, as fraudes no e-commerce geram prejuízos ao lojista e podem desencadear maiores problemas para quem vende online, como o descredenciamento de uma operadora de cartão em decorrência de muitos pedidos de chargeback – quando há contestação de uma compra na operadora.
Confira agora 4 situações contra as quais consumidores e lojistas devem se proteger:
Consumidor: Se está em dúvida sobre a veracidade de um site com promoções arrasadoras, verifique se existe um cadeado verde ao lado da barra de endereço para saber se ele tem o certificado SSL de segurança.
Empresário: para não deixar dúvidas no seu consumidor, adquira um certificado de segurança para seu site. A medida é muito importante para proteger os consumidores de tentativas de invasões e roubos de dados por pessoas mal-intencionadas, resguardando também o seu e-commerce de possíveis problemas com segurança de dados.
Consumidor: Na hora de fazer a compra online opte pelo cartão virtual. Já que seus dados mudam periodicamente, isso evita sua clonagem e desconfortos futuros.
Empresário: Ao fraudar cartões de crédito, os golpistas fazem compras de pequenos produtos, com valores mais baixos, para ver se o cartão passa nas compras. Em caso de sucesso, passam a fazer pedidos de ticket médio mais elevado. Fique atento ao comportamento para se antecipar ao prejuízo. Além disso, invista em uma solução com sistema antifraude integrado. O PCI Compliance é o padrão internacional mais reconhecido no mercado de pagamentos, garantindo que todos os dados sensíveis de cartão processados pelo sistema são criptografados.
Consumidor: Recebeu uma promoção que parece boa demais para ser verdade por e-mail, mensagem SMS, mensagens diretas nas redes sociais e anúncios? Não clique, pois pode ser golpe. Para conferir a veracidade do desconto, abra uma nova aba, entre no site daquela loja e procure pelo produto.
Empresário: Faça treinamentos com todos os colaboradores, desde o time de atendimento até as pessoas que cuidam de processos mais operacionais para que possam orientar os consumidores e responder às eventuais dúvidas sobre o assunto. Além disso, a equipe deve ter em mente as melhores práticas para se prevenir de fraudes no dia a dia do e-commerce, como verificar se os clientes receberam os produtos corretamente e certificar-se de que todos os pedidos tenham um comprovante de entrega assinado.
Consumidor: O Pix é uma solução recente de pagamento instantâneo que atende à demanda dos que preferem pagar à vista e conta com a autorização da compra em cerca de 10 segundos, oferecendo agilidade.
Empresário: O Pix impede a realização de fraudes como o sequestro de estoque, quando varejistas que desejam gerar prejuízos financeiros para os concorrentes fazem pedidos nos sites concorrentes e selecionam o pagamento por boleto – eles não realizam o pagamento e deixam os produtos fora de circulação durante alguns dias, comprometendo as vendas do e-commerce durante o período da Black Friday.
Outro risco diz respeito aos boletos. A partir de um vírus instalado no computador do cliente – Bolware –, os golpistas conseguem alterar o código de barras do boleto no momento em que está sendo gerado, a conta recebedora e até o valor do boleto.
Agora que você já tem essas dicas, vale ressaltar que a prevenção à fraude não pode ser um processo estático e está em constante evolução. Dessa forma, se conectar com especialistas no assunto e manter-se atualizado por meio de canais como o Web Security Hub é um caminho necessário para os lojistas que desejam amenizar seus prejuízos.