O que esperar do setor da construção civil em 2023
Apontamos 3 tendências que devem decolar no próximo ano
por Ana Carolina Lahr
A projeção de crescimento do setor da construção civil em 2022 foi elevada de 3,5% para 6% no mês de novembro, segundo o estudo “Desempenho Econômico da Indústria da Construção – terceiro trimestre de 2022”, realizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) em parceria com o Senai Nacional. Com avanços contínuos e ininterruptos há oito trimestres, a estimativa reforça a relevância do setor para o desenvolvimento sustentável do país.
A inovação continuará desempenhando um papel importante na missão de garantir a superação dos desafios que acompanharão o ano que se aproxima. Por isso, o blog Vedacit Labs aposta na união da tecnologia ao comportamento do mercado como a principal parceria no próximo ano.
Pensando nisso, listamos 3 tendências no setor da construção civil que devem decolar em 2023:
- Formalização do mercado e a melhora na qualidade de vida
O estudo “Desempenho Econômico da Indústria da Construção – terceiro trimestre de 2022” apontou um saldo positivo de 283.566 novos empregos com carteira assinada entre janeiro e setembro deste ano no setor da construção civil. Confirmados pelo Novo Caged, os dados colocam a construção civil responsável hoje por cerca de 6% do total de trabalhadores com carteira assinada no país.
Embora todos os segmentos tenham registrado o aumento na geração de vagas com carteira assinada, o destaque ficou com a construção de edifícios e serviços especializados – atividades relacionadas a demolição e preparação do terreno, instalações elétricas, hidráulicas, obras de acabamento e obras de fundações, que responderam por 63,37% das novas vagas.
Para fortalecer ainda mais esse conceito de valorização da qualidade de vida do colaborador, a inovação e a tecnologia continuarão unidas para oferecer ferramentas que não apenas facilitam o dia-a-dia da equipe, como garantam que suas necessidades sejam atendidas.
No hall de soluções, estão plataformas como a Construflow, que entrega benefícios específicos para cada agente da cadeia da construção civil por meio da integração de fluxos de trabalho e armazenamento, análise e disponibilização de dados através que gerem insights para as equipes.
Estarão em alta também o uso de ferramentas que possibilitem o acompanhamento remoto de projetos através de imagens em 360º, otimizando o tempo, a comunicação, reduzindo os custos com deslocamento e até mesmo os riscos, à exemplo da Construct In, construtech acelerada pelo Vedacit Labs e que hoje integra o portfólio de soluções da Trutec.
2. Custos elevados, estratégias assertivas
O estudo do CBIC com o SENAI Nacional apontou que o custo da construção está adquirindo uma maior estabilidade, mas em um patamar elevado: nos meses de agosto e setembro deste ano houve uma variação de 0,09%, segundo o. A variação do Índice Nacional de Custo de Construção (INCC) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) foi baixa, se se comparada a períodos anteriores – 0,09% – mas o custo da construção ainda é 30% superior ao de 2020– somente no custo com material, essa alta supera 50%.
O maior problema do setor neste 3º trimestre foi a elevada taxa de juros, segundo a pesquisa Sondagem da Construção, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com o apoio da CBIC. Em segundo lugar, os empresários apontaram como problema a elevada carga tributária. A taxa Selic, que está no patamar de 13,75%, deve começar a cair apenas no segundo semestre de 2023, segundo especialistas.
Ante essa tendência, o uso da tecnologia continuará a agregar valor ao negócio e o uso da Inteligência Artificial continuará sendo uma das apostas para 2023. (Aliás, já falamos sobre os benefícios dessa tecnologia aqui no blog, clique aqui para ler mais)
3. Sustentabilidade
Por último – e não menos importante – apontamos a preocupação com o meio ambiente como uma das tendências deste ano que permanecerá em 2023, já que a sustentabilidade é palavra de ordem para as edificações e demais empreendimentos imobiliários tendo em vista a diminuição da emissão de gases do efeito estufa, como o CO2.
Nesse caminho, a utilização da tecnologia para digitalizar processos de gestão e evitar o uso de papel é apenas uma das aplicações que já contribuem com essa missão. Unindo o olhar inovador à tecnologia, inúmeras construtechs já colocam no mercado iniciativas que focam desde o desenvolvimento de novos materiais para construção – mais ecológicos –, até o aproveitamento e consumo de fontes alternativas de energia, passando, inclusive, pela reciclagem e reuso de materiais aproveitáveis.
Ante a urgente necessidade de adaptação do mercado, em 2023 a tendência é que essas iniciativas ganhem força e visibilidade, encontrando oportunidades, inclusive, de terem suas propostas escaladas.
Garantir a proteção ao meio ambiente, a qualidade de vida dos colaboradores e a redução dos custos deverão ser os principais objetivos dos empreendedores e fornecedores, seja qual for o caminho a ser escolhido.
Se você quer ficar por dentro das inovações do setor, conheça o programa de aceleração Vedacit Labs e continue de olho no nosso blog!
